Por: Arlindo Felipe Jr, diretor executivo do Grupo Soma www.gruposoma.com.br
Poderia parecer que o atual ciclo de crise limitava-se "apenas" ao setor financeiro no exterior, ledo engano. Quando se ve sólidas e renomadas empresas brasileiras divulgando substanciais prejuízos por conta de operações de câmbio, hoje chamadas de especulativas, começamos a perceber que seria inevitável que os problemas tivessem reflexos também na economia real não apenas no exterior, mas também no Brasil - afinal de contas estamos em um mundo globalizado...
Antes assim, porque isso nos mostra que o setor financeiro é apenas parte do mercado, não o mercado
Se o desdobramento da crise produzir um período de depressão com maior ou menor intensidade nos EUA e Europa, sentiremos, inevitavelmente, os efeitos com a redução de investimentos, queda de produção - não apenas dos produtos exportáveis , desvalorização da moeda, elevação (ainda mais) do juros, inflação, aumento do risco Brasil, redução do nível de crescimento e também o impacto no nível de renda e emprego.
Se o ambiente de trabalho já é naturalmente estressante, a mudança do cenário externo incontrolável torna o clima ainda mais tenso, reduzindo a produtividade e contribuindo para a criação de um ciclo vicioso que reduz a produtividade e, consequentemente, os resultados da empresa.
Toda esta introdução foi para chegarmos a este ponto. Quando a sociedade percebe que, de alguma forma as empresas não vão crescer como o planejado, começa uma insegurança adicional que abalam a confiança dos colaboradores em todos os níveis.
Neste momento, para não prevalecer a "radio-peão" entre outras iniciativas, a gestão corporativa, ou especificamente o RH, deveriam esclarecer os reais impactos aos quais a empresa estará sujeita a enfrentar. Com vias mais simples de atuação até as mais adequadas o envio de mensagens aos colaboradores esclarecendo quais os impactos da crise e como a empresa está ou reagirá à ela ou como cada colaborador pode ou deverá ajudar a minimizar o impacto da crise é fundamental. Transparência sempre foi a melhor estratégia e, quanto mais coesão existir dentro das empresas, mais preparadas elas estarão para enfrentar momentos difíceis.
E nesses momentos as empresas que possuírem um RH mais estruturado ou mais estratégico ultrapassarão a crise com inteligência. Basta lembrar que em todo momento de dificuldade existem saídas e oportunidades para usarmos nossa criatividade. Por isso, um canal de comunicação direto com os colaboradores poderá convergir para todos agirem em prol da empresa.
Infelizmente aquelas empresas que não estiverem estruturadas ou não utilizarem ferramentas de Recursos Humanos, além de sentirem com mais intensidade a crise mundial, ainda poderão cometer erros cruciais dificultando uma rápida reação.
Sem critérios bem definidos, essas companhias poderão reduzir seu quadro e dispensar capitais intelectuais importantes que poderiam ajudar a ultrapassar a crise. Por isso o RH dever manter como prática a realização de pesquisas de clima organizacional ou avaliação de desempenho para obter boas informações de seu público interno. De posse desses dados é possível nortear as ações a serem tomadas e quais os possíveis impactos das mudanças realizadas na empresa.
Não podemos nos equivocar em achar que a crise é para sempre. Então cada ação do RH estratégico será como mexer as peças dentro do tabuleiro de xadrez, fazendo uma jogada e pensando nas seguintes, já que uma ação está conectada a outra. Resumo da ópera: o papel do RH em momento de crise é ser o elo entre o problema e a solução, utilizando todas as suas competências na gestão de pessoas.
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