*Por: Ricardo Collazo
Outro dia, assistindo a palestra de um grande amigo ele indagou o público sobre o que teria em comum em três filmes que foram sucesso: “O último Samurai”, “Gladiador” e “300”. O público rapidamente se motivou e participou com palavras como Liderança, União, Honra, Força, Estratégia, Perseverança, Motivação, Lealdade, mas ele disse que faltava algo mais importante e os participantes, sem mais ideias, ficaram esperando algo novo, positivo e que ninguém conseguiu acertar. Momento de silêncio na platéia, quando o palestrante diz: “todos morreram”. Foi algo como tomar um grande tapa na cara. No filme “O último samurai” só ficou um, o resto morreu, no “Gladiador” o personagem principal morreu, nos “300” morreram 299 e 1 ficou caolho. Risos na platéia. De que vale tudo o que foi dito sobre a mensagem dos filmes se todos morrem no final? Eu não quero ser lembrado depois de morto, eu quero ser lembrado em vida.
Fico muito triste em saber que mais um exército sucumbiu e deixou de existir. Sim, amigo leitor, estamos aqui de volta a nossa realidade, o mercado de Distribuição de Informática do país. Mais triste ainda fico em saber que por alguns anos fui um soldado daquele exército, fato que muito me honrou.
De certo todos têm uma opinião sobre os motivos que fizeram aquele e tantos outros distribuidores, que não estão mais conosco, deixarem de existir, a pergunta é: será que tudo paira em torno da questão da administração? Ou será que os distribuidores vivem literalmente em uma guerra, onde um erro pode ser fatal?
Como combatente do canal de distribuição, posso afirmar que estamos em meio a uma guerra. E para nós não têm moleza, não. É FOGO CRUZADO: de um lado as revendas que sabem muito bem trabalhar um distribuidor contra outro, e do outro lado os fabricantes que nos apertam cada vez mais.
Se pudéssemos parodiar e dizer que munição é igual à margem, então eu diria que estamos chegando ao fim. O estoque é nosso, o risco de crédito é nosso, o RMA é nosso, a logística é nossa, as metas são nossas, o investimento em novos CD´s para poder atuar em uma região por conta da questão tributária é nosso, e a margem para pagar tudo isso não é nossa!
Como podemos condenar aquele distribuidor que tentou investir em outro negócio, lançar a sorte em outro mercado, para tentar melhorar seu ganho? Poderia ter dado certo.
Enfim, meus amigos, viva nossos companheiros da ABRADISTI (Associação Brasileira de Distribuidores de Tecnologia da Informação), que possamos realmente nos unir para ter mais Força, mais União, só não vale ser igual aos filmes citados neste texto, queremos sobreviver e perenizar nosso negócio.
*Ricardo Collazo é Diretor Comercial e de Marketing da Tecmach.
Comentários